A Ilusitânia, a aglutinação possível das palavras "Ilusão" e "Lusitânia", traduz por inteiro a falta de autenticidade do Estado Novo, um regime que cultivou as aparências e aprisionou a liberdade, encarando-a como uma ameaça e nunca como um bem social primário.
Nesta luta sem tréguas pela ocultação da realidade, a Censura representou um instrumento que serviu os interesses do Salazarismo e do Marcelismo; e fez descer sobre Portugal e as suas possessões um manto: obscurantista que se traduziu num provincianismo retrógrado. A Comissão de Censura e o Conselho de Leitura foram os carcereiros das ideias oficialmente consideradas como subversivas ou dissolventes, num jogo que envolveu interesses políticos, económicos e culturais naquela que era vista, na fase do quase encerramento do ciclo colonial português, como a jóia do Império - Angola.
A dificuldade em convive com a realidade tem concedido pouco tempo a este assunto e escassos ventos nos têm trazido a aragem da descoberta.
Este livro chega ao prelo para tentar afirmar-se como contributo no erguer desse véu sob o qual a realidade de ontem subsiste tão envergonhada, esquecida que a História de qualquer povo engloba um activo e um passivo que importam conhecer.
Código: |
101481 |
EAN: |
9789724046129 |
Peso (kg): |
0,650 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
2,45 |
Especificação |
Autor |
José Filipe Pinto |
Editora |
ALMEDINA |
Ano Edição |
2011 |
Número Edição |
1 |