Uma existência mágica entre dois mundos.
 
Em um mundo atribulado, onde muitas vezes nos desvinculamos dos ritmos naturais da vida, alguns livros surgem para nos sussurrar a sabedoria antiga, nos reconectando com as energias mágicas que nos cercam. É o caso das páginas encantadas de Bruxa Solitária, de Rae Beth.
 
A marca Magicae, que já cativou os darksiders com best-sellers como Bruxa Natural, de Arin Murphy-Hiscock, e Bruxa Intuitiva, de Temperance Alden, apresenta Bruxa Solitária, clássico da bruxaria dos anos 1990, que chega em nova edição e tradução. Incentivando os leitores a se reconectarem com a natureza e com sua própria essência, evocando obras como Mulheres, Mitos e Deusas e Mulheres que Correm com os Lobos, Bruxa Solitária promove discussões sobre espiritualidade, empoderamento feminino e a redescoberta das antigas tradições mágicas.
 
Organizado a partir de cartas trocadas entre uma bruxa experiente e seus jovens aprendizes, o livro nos apresenta a prática da bruxaria solitária como um estilo de vida pleno e repleto de significado. No melhor estilo tinta e pena, resgatando a época em que se sentou em um gabinete mágico cercada por belos cristais, plantas e livros empilhados para compartilhar seus conhecimentos, a autora nos conduz a uma compreensão mais profunda do estilo de vida e das crenças da bruxaria solitária.
 
Neste livro, Rae Beth discorre sobre a Deusa e seu consorte, o Deus Cornífero, como fontes de força espiritual e adoração, além de exaltar os princípios femininos de cura e regeneração. A autora ainda tece explicações sobre os sabás, ensina feitiços e mergulha profundamente no trabalho de transe, estado meditativo em que, ao ficarmos entre dois mundos, é possível vislumbrar o futuro e comungar com os espíritos da natureza, construindo mudanças e acessando nossa magia interior.
 
Com sua prosa delicada e inspiradora, Rae Beth nos mostra que não precisamos estar em um coven para experimentar a plenitude da magia, pois a magia está em todos os lugares, esperando para ser descoberta por aqueles que têm olhos para ver e coração para sentir.
 
“Apesar de este ser por vezes um caminho solitário, ele nos leva a lugares de grande beleza. Partes dele podem ser trilhadas na companhia de outras pessoas, mas sempre fazemos os rituais sozinhas ou com apenas um parceiro mágico. Isso é ótimo para algumas de nós, já que existe um certo tipo de bruxa que se sente à vontade com a solidão, mas não quer dizer que ela ou ele não deva ter amigos. No entanto, o temperamento de algumas pessoas as impele a trabalhar com magia por conta própria e a preencher um arquétipo diferente daquele de um membro do coven”, escreve a autora.
 
Bruxa Solitária é mais do que um guia prático de bruxaria solitária; é um chamado para despertar sua consciência e nutrir um relacionamento sagrado com o divino e com o mundo ao nosso redor. Nesta viagem epistolar, a magia se encontra em cada respiração, em cada folha que dança ao vento e em cada pulsar do coração.