Necessitamos da carne feminina, caso contrário enlouquecemos. A MALDIÇÃO DO MACHO acompanha a trajetória de Rodrigo, um pintor brasileiro radicado em Londres. Sedutor, um tanto paranóico, o artista tem certeza de que o destino o persegue. O pressentimento se transforma em um problema real através de três gravuras eróticas muito misteriosas. A posse das figuras é contestada e Rodrigo acusado de roubo. Mas ele é o verdadeiro dono: conseguiu os quadros em troca de favores sexuais. O sexo é o elemento-chave deste romance do paulista Nelson de Oliveira. Com um estilo veloz e linear, A MALDIÇÃO DO MACHO fala de acontecimentos nem sempre simples, mas muito presentes no cotidiano das pessoas. Tráfico de drogas, crimes, manipulação de sentimentos, mudança de papéis amorosos. O livro focaliza, principalmente, a eterna busca do homem pela satisfação sexual. A maldição do macho é o sexo mecânico, vazio, instintivo, que norteia a vida de muitos homens. Em contraponto, está a ótica feminina. A mulher é vista como elemento em harmonia com os próprios anseios e sentimentos. O feminino traz dentro de si o fetiche, a possibilidade da realização masculina. Mas representa o oposto, a diferença e, portanto, algo a ser temido. A MALDIÇÃO DO MACHO é dividido em três partes. Todas relacionadas com os reinos do pós-morte: paraíso, purgatório e inferno. Mas isso não é mera coincidência. O protagonista - um homem que define a si próprio como o que ainda não alcançou a sabedoria, mesmo tendo dormido com um sem-número de mulheres - é obcecado pelo número três, símbolo de síntese e essência na numerologia. São três os reinos - mineral, vegetal e animal -, três as letras-mãe do alfabeto hebraico, os lados do triângulo e as trindades religiosas. E três são as gravuras que Rodrigo, aos 33 anos, é acusado de roubar. Fato que dá início à trama e apresenta o leitor a três mulheres distintas, mas com um segredo em comum. Nelson de Oliveira nasceu em 1966, em Guairá, São Paulo, e estudou artes plásticas no Mackenzie. É autor dos livros de contos Naquela época tínhamos um gato, Treze e O filho do Crucificado, e do romance Subsolo infinito. Em 2001 organizou a antologia Geração 90: manuscritos de computador, com os melhores contistas brasileiros surgidos no final do século XX. Dos prêmios que recebeu, destacam-se o Casa de Las Américas e o da APCA.
Código: |
27643 |
EAN: |
9788501063847 |
Peso (kg): |
0,290 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,20 |
Especificação |
Autor |
Nelson De Oliveira |
Editora |
RECORD |
Ano Edição |
2002 |
Número Edição |
1 |