A I República foi uma espécie de regime da ala esquerda da monarquia constitucional. Assumindo a quebra com o símbolo monárquico, pouco trouxe de novo ao programa progressista da monarquia. A grande diferença consistiu no facto de os mecanismos eleitorais (dominados pela fraude nos dois casos) terem sido capturados por um só partido, impossibilitando um pluralismo eficaz. A República foi, por isso, um regime estranho, simultaneamente “avançado” e “retrógrado”: uma república no mar das monarquias europeias, nunca conseguiu incorporar as mais “avançadas” tendências da época, como o sufrágio universal. No final, dela sobraram sobretudo os símbolos da soberania nacional: a forma republicana de todos os regimes desde 1910, o hino e a bandeira, para além da moeda, o escudo, cujo desaparecimento em 1999 marcou, precisamente, o fim da soberania monetária do país. A sobrevivência destes símbolos revela a corrente republicana que percorre o conjunto da experiência política contemporânea portuguesa.
| Código: |
154481 |
| EAN: |
9789724416618 |
| Peso (kg): |
0,520 |
| Altura (cm): |
23,00 |
| Largura (cm): |
16,00 |
| Espessura (cm): |
1,96 |
| Especificação |
| Autor |
Luciano Amaral Oliveira |
| Editora |
Edições 70 |
| Ano Edição |
2011 |
| Número Edição |
1 |