Considerado pela maioria dos estudiosos de Platão como a mais bela de suas obras, o Banquete, cujo tema central é o amor, pertence, ao lado de Fédon, República e Fedro, dentre outros, à fase de maturidade do filósofo, isto é, à fase dita platônica por excelência, em que o pensamento de Platão se teria desvinculado do pensamento do Sócrates histórico e tomado um rumo próprio.
Diferentemente dos demais oradores que preocupados com a beleza de suas frases elogiaram apenas aspectos secundários do Eros, Sócrates quer mostrar quem Eros realmente é. Para cumprir essa promessa, entretanto, Sócrates terá que quebrar as regras que parecem vigorar nos banquetes de sua época: em lugar do mais belo elogio, ele fará o mais verdadeiro possível; e ao invés de competir, como faziam os sofistas, ele irá buscar o acordo de todos os presentes.

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