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Trata-se de uma obra intimista, na qual o autor externa todo o universo de percepções que traz desde a infância. Abordando diferentes temáticas, que tem como centro o sentir humano, na medida em que é tocado. Valendo-se o autor, muitas vezes, de uma linguagem conotativa, sem perder com isso a capacidade de comunicação direta com o leitor. Sua obra sofre diferentes influências, notadamente, das poesias moderna e contemporânea, além de outras manifestações literárias, como as decorrentes do cancioneiro popular brasileiro.

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Em Fragmentos do tempo faço um mergulho introspectivo de sensações e percepções acumuladas ao longo da vida.

Abordando temáticas diversas, a construção poética decorrente, não raro, traz-me o sentir de ter ao menos tangenciado meu inconsciente. Um desafio constante a que me impus, em traduzir em versos fidedignos, o mundo que trago e aquele que me toca.

Uma engenharia de palavras, cujo desafio imposto foi de assentá-las sobre o chão impreciso da alma. Quando, por vezes, fui atiçado a aludir ao próprio fazer poético, seus desafios e a imperiosidade de tal mister.

Tomado por um intimismo inevitável, mergulho em um universo de lembranças, passagens cotidianas, saudades e outros temas afins. Figurando os poemas como fragmentos de um tempo vivido, na perspectiva daquele que vira.

Reflexões que perpassam a leitura individual para alcançar questões de natureza filosófica, social e política, na relação do homem para com os diferentes sistemas em que se vê inserido.

Para tanto, valho-me, muitas vezes, de figuras de linguagem como a metáfora, as quais não retiram, acredito, a sobriedade dos poemas e o fim para o qual se propõem.

Márcio Moreno.



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