A filosofia de Hölderlin em Iena é uma resposta ao argumento de Fichte de que a imaginação constitutiva da realidade deve permanecer à margem da consciência para que a experiência subjetiva não seja uma ilusão. Se o pensamento é determinação racional da imaginação e está diretamente implicado na explicação efetiva da subjetividade, sua atividade ultrapassa a consciência e aponta para uma cisão que não podemos explicar. O pensar fixa os limites de determinação racional da imaginação, mas também divide: de um lado, Hölderlin concebe um ser puro e simples, intocável pela consciência na cisão; de outro, exige-se união com esse ser como totalidade. Hölderlin busca a união efetiva na ideia platônica de beleza que, entre as ideias, é a única imune à divisão sensível-racional. Nas versões de Hipérion, a unidade é pensada em termos dinâmicos de unidade-totalidade com a recuperação do espinosismo difundido por Lessing e Jacobi. No primeiro volume de Hipérion, Hölderlin dinamiza ainda mais essa concepção, inserindo a beleza na dimensão histórica de uma unidade-totalidade em si diferenciada. Na união, a cisão é o pensamento da diferença em seus limites.
Código: |
131721 |
EAN: |
9786555042184 |
Peso (kg): |
0,410 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
2,50 |
Especificação |
Autor |
Wagner de Avila Quevedo |
Editora |
LOYOLA |
Ano Edição |
2023 |
Número Edição |
1 |