A decadência financeira e existencial de um homem do ponto de vista de seu gato. Um felino completamente crítico, mestre em comentários ácidos e duras avaliações. Pelos olhos verdes-esmeralda do carismático gato Ravic, que, entre umas dormidas e outras, passa a vida observando tudo o que acontece à sua volta, Rogério Menezes elabora um sarcástico e entusiástico retrato da frágil condição humana. Nada que é humano escapa da língua ferina de Ravic. Principalmente Antônio Martiniano (ou, na escrita Raviquiana, A.M), o criador dessa criatura sobre-humana, que tem quatro patas e se diz estoica. Um gato que nunca comeu passarinhos, mas cita Henry James e se curva a Philip Roth. Ravic é a redenção do dono, um jornalista desempregado em crise de meia-idade, um escritor que nunca conseguiu desabrochar. Um incansável decifrador de espaços, sentimentos e subjetividades como o gato Ravic o é.Enquanto Antonio Martiniano se dilacera em dores profundas, em trágica dissonância, em colisão frontal, com os horrendos tempos em que vivemos, seu gato de estimação dá de ombros e se diz a todo instante: ok, esse é o pior dos mundos, ora bolas, mas é o que temos. O romance mescla a dramaticidade presente em escritores como Graciliano Ramos, Dostoiévski, Turguêniev, Balzac e Henry James (dos quais o autor é contrito e devoto leitor) e a fantasia desvairada dos desenhos animados de Walt Disney (dos quais Rogério foi voraz consumidor nos tempos de criança). Em UM NAUFRAGO QUE RI, Rogério Menezes navega, sem naufragar, entre a realidade e a fantasia, entre a memória e a invenção.
Código: |
28259 |
EAN: |
9788501083265 |
Peso (kg): |
0,435 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
2,00 |
Especificação |
Autor |
Rogerio Menezes |
Editora |
RECORD |
Ano Edição |
2009 |
Número Edição |
1 |