Na efervescência política pós-Revolução Francesa, o jovem pintor Évariste Gamelin tenta sair da pobreza, criando um baralho em que o Rei, o Valete e a Dama são substituídos pelas cartas 'Liberdade', 'Igualdade' e 'Fraternidade'. Sua oposição, inicialmente idealista, à aristocracia o leva a se tornar jurado nos tribunais do Terror, confiando a segurança e a pureza da nação à lâmina da guilhotina.Na trajetória desse pintor, Anatole France (1844-1924), um dos maiores escritores franceses de todos os tempos e prêmio Nobel de Literatura, retrata a cidade de Paris cinco anos após a tomada da Bastilha. Com uma linguagem realista e baseado em documentos históricos, constrói uma narrativa que revela o cotidiano dos cidadãos de uma França republicana, em luta contra o Antigo Regime, dominante no restante da Europa. Revela também os abusos, o fanatismo, as disputas, os desvios e as contradições da Revolução.O assassinato de Jean-Paul Marat, os julgamentos e as execuções de Maria Antonieta e dos girondinos, o racionamento de alimentos, a ascensão e a queda vertiginosa de Maximilien Robespierre compõem os episódios verídicos que entremeiam a narrativa de Anatole. Nesse cenário de acontecimentos reais, as intrigas de ex-banqueiros, artistas, concubinas, monges renegados, viúvas, expatriados, prostitutas e negociantes dão vida e movimento a um dos períodos mais conturbados e importantes da História.Um clássico da literatura, indicado por Antonio Candido, com prefácio de Marcelo Coelho, e agora publicado pela Boitempo em nova tradução, Os deuses têm sede é um romance sobre a violência do processo histórico e a complexidade da ação humana. Uma obra-prima.
Código: |
5160 |
EAN: |
9788575590119 |
Peso (kg): |
0,330 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,50 |
Especificação |
Autor |
Anatole France |
Editora |
BOITEMPO |
Ano Edição |
2007 |
Número Edição |
1 |