A saga dos bandeirantes, os desassombrados e briosos desbravadores brasileiros, muito ao diverso do que nos contaram, na ufanista historiografia oficial, desconsiderados alguns poucos cronistas e pesquisadores, mais alinhados à verdade do que com o orgulhoso nacionalismo, não foi construída apenas de conquistas, glórias e louvores. Não mesmo! E nem poderia ser diferente, pois que eram tempos duros, crus e empedernidos, a terra a ocupar e assenhorar-se inóspita, inclemente e agreste, então, trabalho para homens rudes, ásperos e desabridos, porém valentes, intrépidos e desapiedados. Neste romance histórico, que, como tal, miscigena história e ficção, a narrativa construída no tempo passado, Pio Furtado, no desenvolvimento desta instigante e impactante trama de O derradeiro bandeirante, reconstitui, ficticiamente, com vivíssimas cores e matizes, acontecimentos, costumes e intrigantes e ricos personagens.