• Diário de um pedreiro

É possível que um pedreiro escreva um diário?Este é um romance que se compõe como um diário. Ou, ao revés, um diário que termina por compor um romance sobre o dia a dia de um pedreiro (e sua coletividade) no interior da Argentina. E, se repararmos bem, isso poderia se passar no interior ou na cidade, em qualquer lugar da América Latina. Estão presentes aqui as relações entre os trabalhadores na obra, as construções, a experiência pessoal, mas não apenas isso. Também se toma contato com questões sociais ligadas ao alcoolismo, à precariedade do mundo laboral, às violências sociais e raciais, por vezes xenofóbicas. Também aparecem, neste caso específico, o contato entre línguas originárias e as do colonizador, assim como o pano de fundo político e partidário de momentos que ainda podemos reconhecer, e seus impactos sobre a vida das pessoas.Como romance-diário, a narrativa é fragmentária, pessoal, emotiva, a um só tempo violenta e amorosa, afetuosa e testemunhal. O narrador-personagem compartilha com seus colegas — e com nosotros — a vida e a alienação desses trabalhadores, rompendo estereótipos e ampliando vozes que quase nunca se expressam por meio da escrita e da literatura.Em resenhas e textos críticos surgidos na imprensa internacional sobre este Diário de um pedreiro, não raro emerge a pergunta: É possível que um pedreiro escreva um diário? No contexto preconceituoso geral, pode-se pensar outra questão: É possível que um pedreiro escreva? Essa sensibilidade está neste Diário, escrito por um pedreiro que acede aos estudos e olha, de dentro, a sociedade onde trabalha e cria vínculos (patronais, filiais, fraternais, etc). Se a colher e a marreta embrutecem, o que podem fazer as canetas, os papéis e os teclados de computador?Prepare-se, leitor, leitora, para adentrar o universo de cal e letra de Mario Castells, que escreve numa linguagem mesclada, tanto entre línguas, quanto entre gírias, oralidade e escrita no mesmo gesto. Experimentamos aqui a tensão permanente entre pontos de vista, criticidade e alienação. Memória, denúncia (da exploração, da desigualdade) e humor andam juntos neste Diário surpreendente de um intelectual cuja vida se assentou no trabalho braçal."Mario Castells enriquece o gênero diário em múltiplas direções: a memória coletiva, a denúncia, os vínculos humanos, a língua que surge entre dois idiomas, a matéria-prima não transcendente dessas vidas ásperas nas quais refulge o imanente, matéria da poesia."La Nación"Diário de um pedreiro é uma denúncia permanente sobre a precariedade da vida (laboral, emocional), mas é também um canto a essa vida precária. À diversão, às risadas e às brincadeiras. À alegria fugaz do churrasco e ao salário recém-recebido." Página 12

Código: 181786
EAN: 9786559286652
Peso (kg): 0,180
Altura (cm): 21,00
Largura (cm): 14,00
Espessura (cm): 0,80
Especificação
Autor Mario Castells
Editora Autêntica Contemporânea
Ano Edição 2026
Número Edição 1

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Diário de um pedreiro

  • Disponibilidade: Esgotado
  • R$64,90