Este livro revela uma verdade incómoda: as migrações internacionais não podem ser controladas, evitadas ou reduzidas, nem com a construção de muros, nem por meio de políticas públicas. Ao contrário, as políticas migratórias modernas produzem efeitos opostos aos desejados.

Sendo assim, uma pergunta simples interroga a democracia: quantos estrangeiros cabem na Europa? Ao investigar por quatro anos arenas autárquicas em Portugal e Itália, o autor encontrou respostas nas formas de inferiorização dos imigrantes, nos conflitos interétnicos e nas práticas emergentes de transformação social.

Considerando a gestão do fenómeno migratório na Europa uma evidência da crise da modernidade ocidental, o texto formula propostas técnicas, epistémicas e metodológicas, dirigidas principalmente a quem contribui para a resolução dos conflitos e o fortalecimento da coesão social, política e territorial.