Na mitologia grega, Clio é uma das nove musas, filha de Zeus com Mnemósine, a deusa da memória. Ao dar seu nome a esta compilação de poemas, Marco Lucchesi define o tom do livro, no qual aborda a relação entre a poesia e história. Dividida em três partes – “Prólogo febril”, “Clio” e “Insônia” –, a edição é composta por poemas com versos curtos e incisivos que apontam para a imensidão do tempo, dos mares e à instabilidade das viagens e das noites insones.
Os poemas de “Prólogo febril” preparam o leitor para o que está por vir. A Índia surge como um destino vibrante, repleto de cores e vertigem. A febre anuncia o começo de uma jornada poética e provoca alterações na percepção. Os versos de “Clio” se voltam para o passado, no tempo das grandes navegações, uma viagem marítima repleta de incertezas e questionamentos. O narrador do poema, que se lança ao mar em busca de Dom Sebastião, se vê diante de outras questões: “Como chegar/ ao tempo-quando / de todos / os meus ondes?”.
Lucchesi recorre a termos antigos, sem abandonar o ritmo contemporâneo. Se por um lado o poeta considera a história como um esforço narrativo, repleto de ruído, a insônia é “filha do silêncio e do vazio”. Os poemas da segunda parte do livro tratam de esquecimento, de uma sensação de incerteza após a noite mal dormida. A musa da história é capaz de conduzir o poeta por geografias e tempos distantes e a provação do sono pode desnorteá-lo, mas essa desorientação também serve de matéria-prima para os poemas.
Código: |
81270 |
EAN: |
9788525058263 |
Peso (kg): |
0,145 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
0,50 |
Especificação |
Autor |
Marco Lucchesi |
Editora |
BIBLIOTECA AZUL |
Ano Edição |
2014 |
Número Edição |
1 |