Desenvolvido pelo autor ao longo dos anos e, hoje, amplamente discutido no mundo de língua alemã e inglesa, o teorema do “regime de expropriação capitalista” é ancorado nas contribuições de Rosa Luxemburgo e sua discussão acerca do estatuto da “assim chamada acumulação primitiva” em O capital, de Karl Marx. O autor formulou tal teorema para abordar como a expansão do modo de produção capitalista traz impactos notáveis para as reflexões que envolvem classes sociais, Estado e precarização.
Sua premissa é a de que o capitalismo é “uma economia de mercado que se autonega continuamente”. Para Dörre, o pensamento econômico liberal, baseado na ideia de concorrência e eficiência como ausência de coação e regulação, mascara tanto a dinâmica capitalista quanto a dimensão político-estatal de seu projeto. Se, de um lado, a própria economia ortodoxa reivindica o Estado como fórum que determina as regras do jogo, de outro, Dörre mostra que os atores de mercado operam com base em mecanismos de cooperação. Nesse sentido, o autor sustenta que a tese da economia pura de mercado desempenha função ideológica e estratégica (pois, em situações de crise, pode sempre atribuir a culpa ao erro da regulação existente e se manter eternamente válida). A partir desta crítica, Dörre conclui que a intervenção estatal é uma constante no desenvolvimento do capitalismo.
A obra é um conjunto de textos escritos pelo autor ao longo dos anos e apresenta uma chave de leitura sociológica para compreender os atuais fenômenos do capitalismo, notadamente em sua configuração financeira. Primeira compilação de Dörre lançada no Brasil, trata-se de uma análise inovadora, fundada em interpretações consistentes do marxismo e em pesquisas rigorosas, o que justifica seu amplo impacto internacional.
Código: |
120202 |
EAN: |
9786557171639 |
Peso (kg): |
0,400 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
3,00 |
Especificação |
Autor |
Klaus Dörre |
Editora |
BOITEMPO |
Ano Edição |
2022 |
Número Edição |
1 |