Em seu livro, Gérson Werlang recupera as lembranças da segunda passagem de Rita Lee pela região central do Rio Grande do Sul. Afora o relato em si, o autor faz importantes contextualizações do cenário encontrado pela artista até sua chegada a Santa Maria. Descreve peculiaridades da cidade, revela personagens e agitadores da cena local, e dá o tom do contexto cultural daquele período no Brasil. Consequentemente, o livro também pode ser considerado uma crônica de costumes. Ao embarcarmos nessa máquina do tempo somos tele transportados para outras apresentações que passaram pelo sul, uma atividade frequente naquele período de franca ebulição artística no país, época em que a MPB e o rock passaram não apenas contestar o establishment, mas ditaram uma nova ordem de seguidores a partir do consumo de massa do LPs, cassetes e dos programas de rádio.